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Associação Catarinense de Imprensa anuncia criação da Diretoria de Igualdade Racial

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À frente da iniciativa está a apresentadora e repórter Amanda Santos, do Grupo ND

Foto – Reprodução / Amanda Santos

A Associação Catarinense de Imprensa anunciou hoje (quarta-feira, 18) a criação de uma Diretoria de Igualdade Racial, que terá à frente a jornalista Amanda Santos. Segundo a presidente da ACI, Déborah Almada, o principal objetivo da diretoria será dar visibilidade à presença do negro na imprensa e propor debates sobre inclusão, em parceria com universidades e veículos.

“Me sinto privilegiada em estar à frente de tal iniciativa por se tratar, a meu ver, de um reconhecimento à relevância do trabalho que venho exercendo desde 2019. Somos maioria no Brasil mas, ironicamente, também somos maioria em índices de violência doméstica, em números que representam subempregos e em falta de formação de estudo superior. Apenas somos minoria, em números de cargos superiores e também em representação feminina no mesmo. Nossos jornalistas negros bem como a imprensa de um modo geral, precisam entender isso como uma pauta contínua e um dever que temos ao assumirmos um lugar de voz. A ACI entendeu isso e acredito que os jornalistas pretos de SC farão jus a nova diretoria”, disse a nova diretora.

Amanda Santos é formada pela Estácio Florianópolis e tem 14 anos de Jornalismo. Atualmente, é apresentadora e repórter especial do Grupo ND. Já atuou no Fala Brasil e Jornal da Record por duas vezes com apresentações especiais da Record Nacional sobre preconceito no mês da Consciência Negra (2019/2020). Em Santa Catarina, após 4 anos como “moça do tempo da emissora”, ficou conhecida por produzir reportagens e séries de cunho social. Estreou na Série “Vozes da Consciência”, que abordou o preconceito e a participações de negros para a evolução do estado. A série foi finalista do Prêmio Acaert em 2021 e contribuiu para que Amanda recebesse a medalha Zumbi dos Palmares.

É de sua autoria também a série “Palavra de Mulher”, que tratou sobre violência doméstica. O projeto contou histórias e ajudou, por meio de suas reportagens, que mulheres vítimas violência encontrassem acolhimento. Amanda também assina uma coluna semanal dentro da editoria Diversa+, do Portal ND (Grupo ND) que trata sobre empoderamento negro feminino. “A imprensa catarinense é muito diversa e a ACI precisa refletir isso. Temos um longo caminho pela frente, mas é preciso dar os primeiros passos”, disse Déborah.

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